Cada vez que vemos os noticiários televisivos ou folheamos qualquer jornal generalista assistimos a notícias sobre processos que correm na justiça.
Se alguns deles têm impacto mediático por envolverem figuras públicas, antigos políticos, atores, desportistas ou figuras do chamado "jet set", outros são mediáticos pelas matérias que envolvem...
Tantos são os processos que se transformaram em verdadeiras novelas que até se fazem emissões especiais para debater este ou aquele pormenor que se esgueirou do extremamente estanque recipiente do segredo de justiça.
Como bons portugueses que somos, temos uma opinião formada sobre cada um dos casos e em alguns casos conhecemos ou ouvimos falar de provas que mais ninguém ouviu!
O Código Penal português consagra o princípio da presunção de inocência, à semelhança da Constituição da República e da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Este princípio resume-se a ninguém poder ser condenado sem que tenha direito a assegurar a sua defesa e ser julgado de forma legal e justa.
Nestes folhetins mediáticos há quem use a praça pública para julgar e quem use a praça pública para ser julgado...principalmente em casos em que a legalidade lhes pode ser ligeiramente desfavorável.
Há mesmo quem defenda o fuzilamento preventivo!
Mesmo com inocência presumida, há processos que se arrastam tanto tempo, que se corre o risco da montanha parir um rato...
Não há ninguém no país que não saiba há quanto tempo se arrasta a "Operação Marquês", e se bem sabemos que onde há fumo há fogo, também sabemos que ficava bem a quem investiga fazer um esforço para juntar as pontas e deduzir uma acusação.
Outra novela, embora com menos episódios, é o caso do furto de material de guerra em Tancos.
No início toda a gente estava preocupada e quase ninguém sabia que as forças armadas têm falta de efetivos e que a gestão dos efetivos disponíveis também não era a melhor.
Passados uns dias aquilo já não era de agora, passadas umas semanas o material afinal era já um monte de sucata...
Agora passados uns meses percebeu-se que a Polícia Judiciária Militar nem sonha onde está o armamento...e por isso, e por outras coisas a acusação está em risco e o processo tem uma probabilidade enorme de ser arquivado!
Ora, como cidadãos responsáveis que somos podemos e devemos ajudar estas duas investigações a chegarem a bom porto, ou seja à desejada acusação.
Pode parecer difícil, mas não o é:
No caso da "Operação Marquês" o mais importante será arranjar uma tesoura e umas embalagens de cola para que se recortem as capas do Correio da Manhã e se colem no processo. Até ficaria uma coisa bonita e organizada por datas!
Quanto ao furto do material de guerra, o Sr. Fernando Nogueira - o Bruxo de Fafe, daria uma grande ajuda à Polícia Judiciária Militar...pena que o homem ande por terras de França... Mas será que ao trazerem a tesoura e a cola não poderiam trazer a Maya???
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