Pato Social - FaceTanque

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Haja fé!

Diz-se que a fé move montanhas, uma vez que para realizar alguma coisa temos que acreditar que somos capazes da tarefa!
Segundo o Evangelho quando Jesus caminhou sobre as águas, chamou a si Pedro e este quando começou a caminhar sobre a água, teve medo e começou a afundar-se. Jesus questionou-o porque havia ele duvidado, dizendo mesmo que era um homem de pouca fé!
Mas nós portugueses sempre fomos um povo de fé...



A propósito da seca de 2012, a Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, tinha fé que chovesse em breve. De falta de coerência não a podemos acusar...se há coisa que faz falta ao eucalipto é água!


Em 2015 nas cheias que assolaram Albufeira, Calvão da Silva, Ministro da Administração Interna, dizia que Deus nem sempre é amigo...nem sempre, mas nós temos fé que chova...com moderação, claro!


Agora, e a propósito da seca que se prolonga, D. Manuel Clemente, Cardeal-patriarca de Lisboa, propõe que se façam orações pela chuva!
Somos um povo de fé, mas dizia S. Tiago : "Poderá até dizer-se que tu tens a fé e eu tenho as obras. Mostra-me então a tua fé sem obras! Porque dou prova da minha fé através das minhas obras."
Pois é... dizer que se acredita mas não o demonstrar de que valerá?

De nada valerá rezar pela chuva se formos para igreja sem levar guarda chuva! Se acreditámos no que pedimos em oração, temos que ser os primeiros a demonstrar a nossa fé! 

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Sucesso vs Inssucesso

Todos conhecemos histórias de emigrantes de sucesso. Uns mais mediáticos do que outros, mas invariavelmente todas retratam portugueses que saíram do país em busca de uma vida melhor e chegaram ao topo.
Se uns encaram a sugestão dos políticos para emigrarem como uma afronta, outros encaram-na como uma hipótese para brilhar.


Quando Cristiano Ronaldo saiu da Madeira para o Sporting, no seu pensamento já estava o ambicionado salto na carreira.
Em 2003 saltou para Inglaterra e de lá para Espanha, nestas duas paragens ganhou tudo o que poderia ambicionar ganhar e é para quase todos o melhor do mundo!
Se tivesse ficado o que teria ganho? Não se sabe, afinal 2003 foi apenas há 14 anos  e há jejuns bem maiores...


Armando Pereira emigrou aos 14 anos para procurar condições melhores das que tinha em Vieira do Minho.
Também conhecido aqui no Tanque por Santo Avec, Armando é um dos fundadores da "Altice" , um verdadeiro império na área das telecomunicações e televisão.
Se tivesse ficado seria um cidadão normal, sem funcionários para movimentar a seu belo prazer, não teria os milhões de euros que tem e pior que tudo: ou construía a sua casinha onde os outros podem construir ou já a tinha demolido há muito!

E depois há os desconhecidos...
Davide Sousa é filho de portugueses de Chaves que emigraram para o Luxemburgo, neto de um Guarda Fiscal, herdou do avô a vocação para agente da autoridade.
Recentemente foi agraciado pelo Parlamento Europeu como cidadão do ano pelo papel que desempenhou numa ação anti fraude!
Se os seus pais não tivessem emigrado, Davide teria herdado na mesma o gosto pela lei do seu avô, seria na mesma polícia e talvez trabalhasse na esquadra de Alfragide... e seria agraciado por um Procurador do Ministério Público com uma constituição de arguido e uma proposta de suspensão!
Como se pode ver entre o sucesso e o insucesso há uma linha muito ténue... e emigrar pode ser a decisão mais acertada! 

domingo, 29 de outubro de 2017

Preço justo?

Todos os dias ouvimos na televisão, nas rádios ou lemos nos jornais e revistas que o peixe deve ser um elemento muito presente na nossa alimentação.


Pelo menos três vezes por semana deveríamos comer peixe.
Além de ser uma fonte de proteína alternativa à carne, a ingestão regular de peixe ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, graças às gorduras boas e ao ómega 3, previne o alzheimer, alivia os sintomas da artrite e ainda nos fornece vitamina D!
No entanto e principalmente em tempos de crise o preço é um fator que muitas famílias têm que levar em conta na hora de fazer as compras. 
Seja por aumento da procura, como é o caso da sardinha na sua época alta nos santos populares, seja pela necessidade de importação como é o caso do bacalhau, o peixe em Portugal muitas vezes atinge valores incomportáveis para a maioria dos portugueses.


O fiel amigo bacalhau, que nos orgulhamos de confecionar de 1001 maneiras, atinge muitas das vezes preços por kg muito superiores à carne da melhor qualidade.
Pescado nas águas frias do Atlântico Norte, com grande incidência na Noruega, este peixe que só os portugueses sabem curar com sal, é talvez o peixe mais conhecido do nosso cardápio.
Por exemplo em 2016 importou da Noruega 48603 toneladas de bacalhau! Ou seja a módica quantia de 271,4 milhões de euros!
E porquê este valor? Por mero engano! E a explicação surgiu esta semana de forma inesperada!


Os Noruegueses pensam que estão a vender bacalhau a Espanha... e já que nos nossos vizinhos o salário mínimo é de 825,65 € podem pagar mais uns euritos pelo belo peixe! Pode ser que agora que na Noruega algumas pessoas já sabem que Portugal já não é dos vizinhos desde 1143, talvez nos façam um descontinho, afinal o nosso salário mínimo é de 557 €...
Será que ainda vai a tempo do bacalhau para o Natal?

sábado, 28 de outubro de 2017

Pede...mas não abuses!

Quando a desgraça bate à porta de alguém, os portugueses são por norma um povo generoso, e muitas vezes mesmo aqueles que pouco têm, tentam dar um pouco a quem ficou sem nada.
A vaga de incêndios que atingiu o país no final da Primavera e no início do Outono são um exemplo flagrante dessa generosidade.
Ofertas de bens materiais, concertos solidários, chamadas de valor acrescentado ou donativos em dinheiro multiplicaram-se por esse país fora.
Infelizmente em alguns casos não sabemos se os donativos chegaram ao destino...e pior que isso, a propósito da tragédia, começaram a surgir falsos peditórios!


Desde sempre houve quem se aproveitasse da generosidade alheia. Desta vez é por causa dos incêndios, noutras ocasiões são os refugiados , as crianças com fome em África, os toxicodependentes e outras causas...
Tudo serve para iludir quem pensa que está a ajudar e este tipo de burlas leva cada vez mais quem quer ajudar a ficar reticente em doar algo que seja.
E se pensam que isso apenas acontece ao humilde cidadão menos informado estão bem enganados, quem não conhece Cristiano Ronaldo?
Pois é, o melhor do mundo também pensava que estava a ajudar e até deu 300 euros à senhora para o táxi!

No entanto o peditório não era para os incêndios...era para qualquer coisa a arder, mas que não era um incêndio...
Felizmente Cristiano Ronaldo, talvez depois de ler aqui no Tanque o artigo sobre táxis, abriu os olhos e decidiu que não dá mais para esse peditório...


Como se não bastasse ter apagado o fogo...ainda ia ter que pagar...por isso peçam mas não abusem!

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Não entendo tanta crítica!

Nós os portugueses sempre fomos um povo de criticar mais do que de fazer.
Também se não fossemos assim, talvez este blog nunca existisse...
Ao que me parece o alvo desta semana é o juíz desembargador Neto de Moura...


A propósito de um polémico acórdão em que este magistrado "desculpou" um ato de violência doméstica porque a vítima alegadamente cometeu adultério...
Mais indignação causou porque o citado acórdão  não se baseou muito na legislação mas mais numa interpretação muito própria da Bíblia...
Para bater mais no ceguinho, soube-se hoje que em julho de 2012, em Loures, Neto de Moura conduzia um automóvel sem matrícula...e quando foi mandado parar pela GNR não parou...


Desta vez não percebo a celeuma da opinião pública...
Já leram o livro de Zacarias no Antigo Testamento? Talvez não... Mas eu coloco aqui:
"Olhei novamente e vi diante de mim quatro carruagens que vinham saindo do meio de duas montanhas de bronze. 
À primeira estavam atrelados cavalos vermelhos; à segunda, cavalos pretos;
À terceira, cavalos brancos; e à quarta, cavalos malhados. Todos eram vigorosos. 
Perguntei ao anjo que falava comi­go: Que representam estes cavalos atrelados, meu senhor? 
O anjo me respondeu: "Estes são os quatro espíritos dos céus, que acabam de sair da presença do Soberano de toda a terra.
A carruagem puxada pelos cavalos pretos vai em direção à terra do norte, a que tem cavalos brancos vai em direção ao ocidente, e a que tem cavalos malhados vai para a terra do sul". 
Os vigorosos cavalos avançavam, impacientes por percorrer a terra. E o anjo lhes disse: "Percorram toda a terra!" E eles foram.
Então ele me chamou e disse: "Veja, os que foram para a terra do norte deram repouso ao meu Espírito naquela terra".
Alguma das quatro carruagens tem matrícula? Não!
Mas também o evangelho de S. Lucas, no episódio em que Jesus com 12 anos de idade se perdeu dos pais, refere que os pais já caminhavam há um dia e pensavam que o menino se encontrava na caravana... Li até ao fim...e em nenhum ponto fala na matrícula da caravana, e porquê? Porque não tinha! Porque se tivesse, num caso de desaparecimento seria uma informação essencial...
Sabiam que o primeiro automóvel chegou a Portugal a 12 de outubro de 1895, um Panhard & Levassor, adquirido pelo Conde de Avilez...na viagem inaugural atropelou um burro...mas não tinha matrícula!
Mais exemplos poderiam ser aqui dados, mas estes chegam para perceber que circular com veículos sem matrícula é um comportamento que até há bem pouco tempo era aceite e tolerado pela sociedade...
Vai-se crucificar um magistrado por conduzir um automóvel sem matrícula? Não me parece bem...
Agora se o automóvel fosse conduzido pela Elisabete Jacinto, a conversa seria outra...onde raio vai parar este mundo com uma mulher a pilotar um camião que faz publicidade a comprimidos para as dores menstruais...


quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Sol na eira e chuva no nabal?

Muito provavelmente já ouviram este adágio popular.
No meio agrícola a situação ideal seria a de sol na eira para secar os cereais e chuva no nabal para fazer crescer a hortaliça...
Seria sempre o melhor de dois mundos, e por isso as probabilidades de acontecer são semelhantes à de agradar a Gregos e Troianos! 
Mas não vos vou falar de meteorologia nem de agricultura...hoje o Tanque vai falar sobre telemóveis e tecnologia.


Hoje o Jornal de Notícias chama  a tema de capa as dificuldades com que as polícias se debatem para investigar as células de terroristas islâmicos. 
Se há uns tempos atrás as linhas de investigação avançavam a partir da vigilância das comunicações telefónicas entre terroristas, através das redes sociais ou mesmo em fóruns existentes no seio dessas organizações, neste momento houve um inesperado regresso ao passado: os elementos dessas células abandonaram esses meios eletrónicos e passaram a encontrar-se em bares, estádios e outros locais públicos...
Faz lembrar um pouco as "secretas" reuniões na casa da árvore entre Tom Sawyer e Huckleberry Finn!
Este retrocesso tecnológico tira os investigadores da frente do computador e do ar condicionado e obriga-os a voltar ao terreno...
Já em Portugal a queixa das forças da ordem é a oposta...



Sabe-se que apesar de proibido o acesso dos reclusos a este tipo de equipamentos, eles proliferam no meio prisional.
Mas sendo teoricamente o sistema prisional um elemento crucial na reinserção social dos condenados, impedir os mesmos de ter uma página no Facebook ou um perfil no Instagram é um contra censo...
Às vezes custa-me a entender esta gente das secretas e outros espiões...queixam-se que sem telemóvel não os controlam e a seguir queixam-se que os que estão presos têm acesso a telemóveis...
Afinal com telemóveis nas cadeias, pelo menos uma parte dos bandidos está controlada...quanto aos outros experimentem uma daquelas campanhas que oferece uns Gb por mês...pode ser que algum adira!

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Com ferros mata...com ferros morre!

Todas as sociedades organizadas têm impostos e taxas!
Essas receitas servem, ou pelo menos deveriam servir, para financiar as despesas com o bem estar comum.
Um país, mesmo não muito grande como é o nosso caso, tem despesas com educação, saúde, defesa, segurança interna, infraestruturas, funcionários e muitas outras...até aquelas que nenhum de nós entende! 
Embora ninguém goste de pagar impostos, o que é certo é que se ninguém pagasse impostos como poderia um estado criar e manter estradas, hospitais, escolas e muitos outros equipamentos?
Mas às vezes custa-nos a perceber como é que se gasta dinheiro mal gasto no estado, quando na prática é o nosso dinheiro que está a ser esbanjado! 


 Uns entendem que vivemos tempos acima das nossas possibilidades  e que por isso os impostos têm que ser mais altos para pagar a dívida do país. Eu até acho que andamos a fazer isso há 600 anos...porque os descobrimentos deram lucro a alguns portugueses mas prejuízo ao país...


Entre impostos diretos e indiretos todos sentimos que pagámos mesmo contra vontade...e até aqueles que acham que não pagam impostos, quando fumam, quando bebem uma cerveja, quando compram o mais insignificante objeto estão mesmo contra vontade a pagar impostos...
É mesmo caso para dizer que mesmo em casa, deitados na nossa cama, o estado vem, de forma mais ou menos violenta, buscar uns trocos da nossa carteira!
Mas quem com ferros mata...com ferros morre!


Costuma dizer-se que "pimenta no rabo dos outros é refresco"...pois é sr. Ministro, o que acha de ficar sem uns trocos enquanto dorme? Experimente fazer uma reclamação na repartição de finanças da área de residência... salvo erro, Avenidas Novas pertence à 8ª repartição! 

terça-feira, 24 de outubro de 2017

O Juíz decide!

"O Juíz decide" foi um programa exibido na SIC entre 1994 e 2001, onde eram encenadas audiências de julgamento.



Neste programa o juíz Ricardo Velha decidia vários conflitos, que apesar de encenados, elucidavam um pouco os espectadores sobre noções básicas do nosso sistema judicial. Além disso era líder de audiências no inicio da tarde...
Às vezes, quando vemos o comportamento de alguns atores do sistema judicial, também gostávamos que tudo fosse encenado.
Esta semana fica tristemente marcada por um acórdão do Tribunal da Relação do Porto...


No recurso de um processo de violência doméstica, o acórdão cujo relator é o juíz desembargador Neto de Moura e também assinado pela juíza desembargadora Maria Luísa Arantes, o tribunal resolveu manter a pena suspensa a um homem que agrediu violentamente a mulher...
E com base em quê?
Segundo o douto acórdão, a honra e dignidade  do homem foi gravemente atentada porque a mulher cometeu adultério...referindo ainda que as mulheres honestas são as primeiras a condenar o adultério...que a Bíblia refere que a mulher adúltera era condenada à morte...e também que o Código Penal de 1886 punia com uma pena simbólica o homem que ao encontrar a mulher em adultério a matasse...
Parece-me de facto uma visão bastante atualizada que estes senhores juízes têm da realidade de 2017...
Mas ao que parece o senhor desembargador Neto de Moura já não é principiante neste tipo de acórdão em que infelizmente parece ter alguma coisa  contra as mulheres...


Mas os problemas da justiça em Portugal podem não ficar por aqui...
José Castelo Branco, um ser que vive do teatro que é a sua vida diária e que tal como outros "atores" da nossa sociedade aproveitou os incêndios para mostrar os seu dotes de carpideira, ameaçou levar a tribunal a jornalista da SIC Joana Latino por esta ter dito alguma verdades sobre o ser num programa sobre o "Jet Set" num dos canais do grupo SIC...
Já imaginaram se o processo chega a cair nas mãos do tal desembargador? Qual das duas ele vai ostracizar?

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Táxi!

Qual de nós nunca andou de táxi? Tenha sido numa deslocação em passeio, tenha sido para ir a um local que não conhecemos o caminho, ou por ter bebido um copo a mais numa noite com amigos...


O taxista é quase como um barbeiro, sabe da vida de todos, vê por onde andam todos, ouve toda a gente e mete conversa mesmo que não haja assunto.
E tal como os mestres da tesoura guardam sempre segredo a não ser que um cliente puxe conversa sobre um conhecido comum! 
E quem não se lembra de notícias sobre táxis? 
São notícias sobre manifestações contra os preços dos combustíveis, manifestações contra a concorrência de plataformas como a "Uber" ou a "Cabify"...



Mas muitas das vezes este transporte público prático e versátil é notícia por motivos menos nobres...
Quem nunca ouviu histórias de viagens de 1 km que chegam facilmente aos 10 km? Ou de taxistas que se "enganam" a dar o troco aos turistas?
Mas viajar de táxi pode não ser a opção mais barata...


Há quem faça viagens de táxi por 300 €...quando vi a notícia até pensei que tinha sido de Madrid a Lisboa...mas não...
Há viagens de táxi bem mais caras que viagens de avião! 

domingo, 22 de outubro de 2017

Ah...eu às vezes precipito-me!

Talvez alguns dos mais novatos não conheçam a rábula dos "Gato Fedorento" sobre as gajas boas...


Mas dos que nasceram há pelo menos 25 anos, quem não se lembra da questão: "Vocês sabem onde é que há gajas boas? Gajas mesmo boas, mesmo mesmo boas, mesmo daquelas gajas boas, daquelas que um gajo olha e diz : "Eh gaja boa!" , mesmo boas, mesmo gajas boas, não é como a tua mãe! É mesmo gajas mesmo boas, que um gajo fica a olhar que são mesmo boas, gajas mesmo boas, boas?Sabem? Acho que em Ermesinde...eu uma vez fui a Ermesinde e vi uma gaja bem boa...ou era um gajo?...era um gajo sim...eu às vezes precipito-me..."
A rábula é já velhinha...mas continua famosa...
Mas até o humor consegue ser alterado pela política...


E quando se fala de questões fraturantes, temos que falar de Bloco... se na época o Bloco já tivesse feito essa proposta bastava que a gaja tivesse mais de 16 anos que já não havia precipitação que tramasse o olho felino do "Gato Fedorento"...
No entanto continua a existir quem se precipite...por exemplo quando se quer uma notícia com impacto, em primeira mão, ou mesmo uma imagem viral que captada no momento certo será irrepetível para qualquer jornalista ou fotografo! 
No início desta semana Salvador Sas da agência noticiosa espanhola EFE comoveu a Galiza e meio mundo com a fotografia de uma cadela que, vítima dos incêndios que infelizmente assolaram também aquela região, transportava  na boca a sua cria carbonizada, não a abandonando mesmo depois de morta...


No entanto e apesar do impacto da imagem, os habitantes da localidade de Fragoselo estranharam a correria do animal nos dias seguintes ao incêndio... e perceberam que afinal era um cão, de nome Jacki, que apenas ia consecutivamente à área ardida buscar cadáveres de animais mortos...


E o instinto não era o maternal mas sim o instinto que os cães, lobos, raposas e outros parentes têm de enterrar o alimento que não conseguem consumir naquele momento...
Parece-me que neste momento Salvador Sas está a ponderar ser humorista ou filiar-se no "PODEMOS" ( a versão espanhola do Bloco)...
Mas que não se precipite...porque gostos não se discutem mas gajas são gajas e gajos são gajos...

sábado, 21 de outubro de 2017

Arranja-se uma agenda?

Nos dias que correm já quase ninguém utiliza agendas em papel. Os smartphones, os tablets ou os computadores com as mais diversas ferramentas, fizeram com que toda a gente se esquecesse deste objeto precioso!




A vantagem desta ferramenta em papel é que não gasta bateria, permite-nos marcar o que vamos fazer ao longo de cada dia, dá para colocar notas e dicas sobre o que vamos fazer e o melhor de tudo: com um lápis ou uma caneta riscámos o que não interessa ou acrescentamos o que nos interessa mais!
Hoje é um daqueles dias em que uma agenda destas fazia muita falta...


Marca-se uma festa de despedida no Palácio de Belém e uma receção aos caloiros para a mesma sala... até parece que o Palácio não tem mais salas...
Para piorar ninguém foi capaz de pôr uma notazinha para que a festa fosse marcada para uma quinta-feira ou uma sexta... pode não parecer importante, mas para quem vai de férias um fim-de-semana a mais parece que nos tira toneladas dos ombros! 





Marca-se um casamento para o Estoril, mesmo sabendo que havia festa em Belém, quase à mesma hora...
Como se não bastasse ninguém foi capaz de anotar que o primeiro comboio alfa pendular do dia não chegava a horas para a cerimónia e que por isso a família de Massarelos tinha que viajar de véspera... claro que agora todos vão dizer que a família da Lucy não foi à boda! 
Mas sabem o que ia borrando a pintura toda? Ninguém riscou o Panamera do Yannick Djalo da lista de carros da noiva e parece-me que já havia pessoal a pendurar latinhas, papel higiénico e a escrever " casados de fresco" no  carro do senhor...


Para preencher ainda mais o dia organizaram uma manifestação para uma tarde já tão cheia, até porque o almoço de receção aos caloiros ainda nem tinha acabado em S. Bento!
Claro que no meio da confusão alguém se esqueceu de anotar que os nomes dos organizadores da manifestação não podiam aparecer nos cartazes... 
Perceberam agora a utilidade de uma agenda em papel daquelas que se escreve, se risca e que até se arrancam folhas? 

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Só para contrariar? Ou é bullying?

Hoje dia 20 de outubro é o dia mundial de combate ao bullying! 


Normalmente quando falamos em bullying, falamos em ambiente escolar. 
Se em algumas das vezes podemos confundir bullying com situações banais em que os acontecimentos não passam de meras brincadeiras em que alguns elementos procuram contrariar outro elemento do grupo, muitos são também os casos em que de facto há situações graves que importa denunciar e combater desde a nascença, evitando assim consequências que muitas vezes são trágicas.
Há sinais importantes que importa conhecer, porque quanto mais cedo se identificar a situação, mais rapidamente pode ser debelada!
Quem agride é mais forte, ou pelo menos está em maior número que a vítima:


Por exemplo, um grupo de engenheiros contra um engenheiro...
A vítima tem alguma caraterística diferente dos outros:


Por exemplo, é um menino rico...
A vítima tem alguma caraterística que a torna mais frágil em relação ao resto do grupo:

Por exemplo, o menino é rico mas o dinheiro não é dele...


Ou o menino é engenheiro mas só ele é que sabe disso...
E por fim, mas não menos importante, os comportamentos agressivos repetem-se no tempo:

Este é o caso do menino José, no entanto apesar de preencher todas as caraterísticas de um caso típico de bullying, há especialistas que insistem em dizer que é um simples caso em que os meninos da Cofina que querem contrariar o menino José...
Será que o Dr. Quintino saberá responder? 

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Oh raio... e agora?

Infelizmente a atualidade do nosso Portugal está marcada de há uns meses para cá pela tragédia dos incêndios florestais. Este ano bateram-se recordes de área ardida e muito mais grave que isso, bateram-se tristes recordes de vítimas humanas!



Enquanto uns choram os familiares e as poupanças de uma vida perdidas, os especialistas em tudo (este ano são especialistas em incêndios, o ano passado eram especialistas em "mental coaching", em em 2015 eram especialistas em mercados financeiros...), jornalistas e políticos em geral discutem se a culpa foi do vento, se foi da seca, se foi do pastor, se foi do Zé que herdou um pinhal há 15 anos mas que ainda não sabe bem onde fica...
Tudo se discute, todos apontam falhas mas muito poucos apontam soluções...
Ainda bem que há quem siga os conselhos de políticos com caráter e tenha rezado para que chovesse...e a bendita chuva veio acalmar os fogos florestais...
Mas quando quase todos pensam que as coisas se estão a resolver com as diversas "arrumações" de políticos e dirigentes é que as coisas se podem voltar a complicar!


Primeiro demitiu-se o Comandante Nacional da Proteção  Civil...


Parece que também se demitiu o Secretário de Estado da Administração Interna...


Demitiu-se a Ministra da Administração Interna...


Demitiu-se o presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil...
Numa altura em que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera avisa que as temperaturas altas voltam dentro de alguns dias, começo a ficar preocupado...
Já pensaram se quem nomeou na década de 80  seu Ministro da Agricultura um engenheiro de uma reputada empresa de celulose resolve desaparecer?
Já pensaram se quem acabou com o Corpo da Guarda Florestal e  integrou os Guardas Florestais na Guarda Nacional Republicana se demite?
Já pensaram se quem liberalizou a plantação  de eucalipto e impediu a entrada em vigor do Código Florestal se demite?
Já pensaram se os Presidentes de Câmara que não elaboraram o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, ou que depois de o elaborarem  nada fizeram para que o mesmo fosse cumprido se demitem?
Já pensaram se os Comandantes das forças policiais que lançaram para o terreno patrulhas de vigilância à floresta, mas que nunca saíram do alcatrão, se demitem?
Já pensaram se os juízes que libertaram incendiários confessos se demitem?
Já pensaram se os Comandantes Distritais de Operações e Socorro, os Comandantes de corporações de Bombeiros ou os responsáveis municipais de Proteção Civil que no dia a seguir aos incêndios ainda não tinham aberto o correio eletrónico com o alerta para as condições climatéricas favoráveis à ocorrência de incêndios, se demitem?
Já pensaram? Pois...eu pensei e cheguei a esta conclusão : E agora? Se há um incêndio quem é que vai pegar nas mangueiras?

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

São rosas, senhor! São rosas...

A propósito da calamidade que atingiu o nosso país no passado fim de semana muito se tem falado sobre o "Pinhal de Leiria" também conhecido por "Pinhal do Rei".
Quando se fala desse pinhal, fala-se inevitavelmente de D. Dinis, Rei de Portugal a quem muitos, erradamente, atribuem a plantação do mesmo. 


A plantação do "Pinhal de Leiria" foi ordenada por D. Afonso III, pai de D. Dinis, com o intuito de proteger as áreas agrícolas do avanço das areias.
D. Dinis, de cognome "O Lavrador" reinou em Portugal entre 1279 e 1325 foi responsável por impulsionar o setor agrícola no reino, fundou a Marinha Portuguesa e assinou com Castela o Tratado de Alcanizes em 1297, tratado em que são definidas as fronteiras do nosso país, tal como as conhecemos hoje!
D. Dinis casou com D.ª Isabel de Aragão conhecida por "Rainha Santa".



Isabel ficou conhecida pela sua enorme bondade para com os mais desfavorecidos, ajudando sempre os pobres e indigentes.
Tal misericórdia da Rainha levou-a aos altares, tendo sido canonizada pelo Papa Bento XIV em 1742.
Reza a famosa lenda do "Milagre das Rosas" quem certo dia do mês de janeiro, D. Dinis, já farto de ver a Rainha junto dos mais pobres do reino e depois de a ter proibido da continuar a praticar a caridade, resolveu seguir a Rainha. Quando a surpreendeu, e vendo que ela levava algo no regaço do seu vestido, questionou-a : "Senhora , o que levais no regaço?" Ao que a Rainha respondeu, atrapalhada, uma vez que levava consigo pão para dar aos pobres : "São rosas meu Rei !" D. Dinis insistiu: "Rosas em janeiro?" Nesse momento D.ª Isabel abriu o regaço do vestido e o pão tinha-se transformado em rosas! 
Todos nós ficamos sempre encantados com lendas e com estas histórias de Reis e Rainhas. Mas as lendas e os milagres nem sempre se referem a episódios longínquos! 


Diz-se que no final do verão de 2017 o Dr. Juíz Carlos Alexandre resolveu seguir o Dr. Procurador Rosário Teixeira nos corredores do DCIAP...e vendo que o mesmo levava cerca de 4000 folhas de papel, questionou-o : "Procurador, o que levais no regaço?" ao que o Procurador respondeu . "São rosas, meritíssimo! " Carlos Alexandre insistiu: "Rosas com este calor? " Rosário Teixeira já embasbacado abriu o regaço...e caíram rosas...e algumas laranjas! Carlos Alexandre não voltou a insistir...não fossem cair do regaço do Procurador uns martelos, foices, estrelas ou até um submarino ou dois... 

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Recibos Verdes

Quase todos nós associámos "recibos verdes" a precariedade laboral ou a postos de trabalho que as empresas necessitam  a tempo inteiro mas para "reduzir" custos preferem ocupar com recurso a prestadores de serviços.


No entanto os famosos recibos verdes não se aplicam apenas a estes trabalhadores, aplicam-se a todos os profissionais liberais (que não sejam trabalhadores por conta de outrem) : advogados, arquitetos, engenheiros, médicos do setor privado, artistas entre outros.
Já muito se falou do assunto, mas com a proposta de Orçamento de Estado para 2018 o tema voltou à baila.
E porquê? Por causa do IRS!


Como funcionava o IRS para estes profissionais? Do declarado à Autoridade Tributária (daqueles rendimentos que estes profissionais passam recibo), apenas eram considerados para efeitos de tributação 75% dos rendimentos, isto é 25% do rendimento declarado eram "deduções automáticas"...
E afinal o que muda na proposta de Orçamento de Estado para 2018? Essas deduções deixam de ser automáticas e passam a funcionar como para o comum dos contribuintes, ou seja: mediante fatura que documente essa despesa...
Ainda não é seguro que fique assim, uma vez que os Bastonários das diversas ordens afetadas por esta medida injustíssima já pediram reuniões ao Centeno e já vieram para os órgãos de comunicação social com o choradinho...
Mas afinal qual é a celeuma se até as despesas das crianças na escola têm que ser sustentadas por fatura, sendo que algumas delas até há bem pouco tempo nem sequer podiam ser deduzidas?
Não entendo a indignação, porque se a despesa é real o mais natural é que exista uma fatura.


Estranho é um sistema fiscal que ameaça com uma penhora por uma dívida de 14 cêntimos, admitir uma dedução automática de 25% dos rendimentos a setores profissionais que se sabe não serem muito amigos de passar recibos pelos serviços prestados!
Tenho a certeza que quem passa recibos verdes e declara o que ganha na realidade não tem qualquer problema em apresentar as faturas das despesas que quer deduzir...
A ver vamos no que dá o choradinho dos Bastonários...